Chriscia - Tales of Dragons || Capítulo 5

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Capítulo 5 - Desespero



   Após algum tempo andando ao Leste de sua casa, Danlac carrega seu pequeno mascote em um cesto pendurado em suas costas. Coguro, por ser um filhote, sentia muito medo, mas, ao mesmo tempo, podia sentir a confiança de seu dono, tentando a todo custo achar sua irmã perdida. Depois de alguns minutos de caminhada eles se deparam com alguns animais se comportando de maneira diferente dos que viviam no bosque, além de uma neblina fraca aos pés, com um cheiro leve que dava uma certa sonolência, mas nada significativo até ali, já que eles ainda podiam andar tranquilamente. Com o passar do tempo, eles continuavam a andar e os animais aparecia mortos, ou dormindo, ou em algum estado nunca visto antes por eles. Eles estavam deitados, conscientes porém sem se mexer. Não pareciam estar dormindo, pois estavam todos com olhos bem abertos. Pareciam nervosos, mas com medo, como se havia um predador ali, mas ao mesmo tempo, tentavam correr em vão, pois estavam paralisados. Alguns, que ainda mexiam as pastas tentavam correr, mesmo deitados, mas não conseguiam se levantar de forma alguma. Danlac percebe que Coguro estava da mesma forma, então Wendy apanha um antídoto para veneno de cobras, e assim consegue fazer Coguro voltar ao normal. Wendy percebe que já havia visto algo parecido antes.

-Esses efeitos só podem ser da serpente Syron.
-Verdade - Responde George - Só pode ser isso. Mas, ela vive no continente de Nedae. Não tem como ela ter vindo aqui.
-A neblinda - Disse Danlac -  Deve ter alguma substância nela que faz os animais ficarem assim.
-Mas esse efeito, é o mesmo que o do bafo da serpente Syron. Nunca vi nada parecido antes. Fala Wendy com um tom de intrigada.
-Vamos mais a frente, parece que essa neblina não está nos afetando. Sugere George.

   Depois de mais um tempo andando, eles notam que chegaram perto de um tipo de portal, onde entrava para um jardim cercado por um muro de pedra, que se confundia com a gruta que ali existia. Nessa gruta havia uma porta velha de madeira, cercada por mofo e vinhas. Ao entrar eles se deparam com uma bruxa que exalava um cheiro forte. Ela mexia um caldeirão de ferro e tinha um olhar obscuro e vazio. Quando entram Wendy e George se espantam:
-N-não acredito... É você?
-Qual o espanto, jovem Wendy? Não vai dizer que não sabia que eu vivia aqui.
-Tyrnava, então você quem está fazendo isso com os animais.
-Como pode fazer isso? - Responde George
-Isso não é problema seu. Agora saiam já daqui!
-Pare com isso! Os animais estão sofrendo! - Responde gritando Danlac.
-Não me importo. Eles estão sobre meu controle agora!
-E a irmã dele. Onde está? Pergunta Wendy
-Irmã? Ela era uma garota ruiva?
-O que fez com ela? Responda agora sua velha feiticeira!
-Huhuhu, ela passou por aqui, mas não cheguei nem perto. Ela foi para as terras da morte, ao norte daqui.
-Não, não é possível... -Fala assustado George.
-O que foi? -Pergunta Danlac.
-As Terras da Morte foi onde houve a guerra santa há anos atrás. Existem lendas que dizem ainda existir monstros muito fortes por lá. Melhor irmos logo!
-Huhuhu, se é assim, devo alertá-los. Lá existem três grandes locais. Um deserto em planície, uma montanha e um pântano. No deserto você encontrará um híbrido de ogro e ciclope. Eu corpo não é tão grande quanto o ciclope, porém tem apenas um olho, esse é seu ponto fraco. No pântano há um polvo venenoso, cuidado com seus tentáculos, seu ponto fraco é a boca. E na montanha há uma águia gigante, junto com seu ninho, seus pontos fracos são as asas.
-Vamos logo, se não ela pode ser morta por algum desses monstros.

   Após isso, eles correm pelas Terras da Morte, um local proibido onde houve a guerra santa. Lá guarda muitos perigos além dos que a bruxa havia dito.

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